sábado, 27 de novembro de 2010

A mudança...

Tchê, final de curso, depois de quase cinco anos estudando, fazendo estágios, quebrando a cabeça, chego ao final de curso. Penso, "Cacilda" já faz todo esse tempo, lembro quando tava no início, putz tô no final. Tempo passou voando e nem me pediu licensa.... Bah e agora José?José não sabe de nada oras! Ou acha que sabe. Ou pensa que sabe. Sabe? Não sei...
Boh lembro do meu primeiro dia de aula, pensei putz agora sou gente grande, agora faço faculdade! Boh, te mete hein? Vou ser enfermeiro, o que o pessoal mais antigo chama de "enfermeiro padrão". Tah mas voltando a linha de raciocínio, curte só, no primeiro dia de aula tava apertado horrores, precisava urinar, ou iria fazer nas calças, aí perguntei pro prof se eu podia ir no banheiro, ele deu uma risada sarcástica e disse "Não precisa perguntar, é só ir e pronto, aqui não é ensino médio..."
Bah e o primeiro estágio então bixo? Boh que punk tava tri nervosão, tremia feito uma vara verde. Boh e a sensação de garrotear a primeira veia? Boh parecia que ganhei o Oscar, mas o tempo foi passando e as coisas foram entrando no automático, mas enfim, não é mesma sensação como antes...
Agora na finaleira tu fica com uns frios na barriga intensos. Imagina passa uma monte de coisa na tua cabeça, vou conseguir emprego? Vou resolver os problemas? Vou ser eficiente? Será que sei aquilo que realmente preciso saber? Putz, putz e putz, não se pode perder tempo pensando nisso, aprendi...
Aprendi também que a maioria de nossos medos não acontecem, apenas ficam martelando em nossa cabeça, mas sempre somos capazes, quase sempre...
Aprendi que mudar também é difícil. Crescer é difícil, Amadurecer é difícil. Porém necessário, a mudança é a lei básica da vida, se você não sabe diso, sinto muito, vai sofrer horrores com o mundo lá fora que não te espera. Simplesmente existe...
Então é normal se sentir inseguro perante o amanhã, afinal sei lá o que diabos vai acontecer, mas o que importa é que algo acontece e assim a gente vai andando meio pra lá, meio pra cá, caindo, tropeçando, levantando, caindo de novo, mas quando olhamos as cicatrizes, sabemos de onde elas vieram e com certeza nos ensinam pacas...
Espero que ainda seja assim...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Super heróis?

Quando se é criança tudo parece ser mais fácil. Ou quem sabe não, mas por via das dúvidas é mais fácil sim. Além da criança ter uma criatividade de deixar qualquer Steven Spielberg no chinelo. Lembro que a primeira vez que vi o filme do Super Homem (quando ainda era o Sr. Reeve) ficava pensando como que ele voava. Bom cheguei a brilhante conclusão de que os produtores colocavam inúmeros ventiladores gigantescos para alçar o voô do grande herói. Jamais iria imaginar que eles apenas cortavam e recortavam a cena, jamais...
Ou então quando tinha a série "Jornada nas Estrelas" pensava qe devia de ser muito caro filmar fora do planeta. E o Spock, feio daquele jeito só poderia ser alienígena. Desculpa a sinceridade aos amantes do sci-fi, mas o Spock era feio que uma bãrbaridade. Mas o meu ídolo era o homem morcego, bah o Batman era o cara. Definitivamente o cara afinal de contas não tinha superpoderes, apenas dinheiro. Disse apenas dinheiro, como se em tempos atuais dinheiro não é sinônimo de poder. Mas nem tanto, mas o fóco não é isso. Sempre quis ter um batmóvel só meu para que pudesse dizer "blindagem", imagina as gatas cairiam em meus pés como uma caranga daquelas. Pensei então em ser o homem morcego de Osório, mas onde iria morar? Simples, no morro da borrúcia oras, bem pertinho da escola para que não tivesse o problema de chegar atrasado no dia seguinte.
Quanta coisa queria ser quando era criança e não fui nenhuma delas, jamais pensaria que em vida adulta seria enfermeiro e lidaria com vida, com morte, com sangue, com merda. Pensava que seria um herói bem do estilo antigo, bem do tipo que salvava a mocinha e dava de laço no vilão. Mas descobri que me tornei melhor do que isso, me tornei enfermeiro, decidi estar presente no momento mais difícil na vida do outro, na doença. Nenhum Batman, nenhum Homem-Aranha lidam com a doença, muito menos o Super Homem.
Claro, é mais fácil fazer a parte legal, ser mostrado, estar em evidência do tipo "Eu sou bom". Ser enfermeiro não é nada disso, pois você é esquecido, é deixado de lado, e quando a pessoa tem que te xingar, te digo que ela vai te xingar, mas você tem que ter empatia e entender o lado dela. Então percebo que me tornei uma espécie de herói, não da moda antiga como no passado queria, mas faço aquilo que posso para meu semelhante sem pedir nada em troca muito menos um simples obrigado, se vier, melhor, se não, paciência e continuo meu plantão como se nada tivesse acontecido.
Por isso que quando se é criança, tudo aparenta ser mais fácil, mas não é, depende de como você enxerga o pedaço de pão em cima da mesa...

sábado, 20 de novembro de 2010

Viva o natal!!

Viva!! Viva o natal...adoro natal, o papai noel, suas renas, em especial a que se chama Rupert, o panetone, a neve natalina, a lareira que o papai noel se suja de cinzas quando desce, presentes, quem não gosta de receber presentes?

Primeiro, no meu país não neva, a neve é segundo o hemisfério norte e caramba me encontro no hemisfério sul. Portanto aquela propaganda da coca cola do papai noel na neve não se encaixa em nossos padrões. A não ser que os pólos magnéticos se invertam ou que adiantemos o natal para julho. Acho que nenhuma das duas opções, definitivamente nenhuma....

Segundo, suas renas. Que diabo de animal que voa empurrando um velho barrigudo cheio de presentes, sem nem asas as imbecis possuem? Até as histórias do Monteiro Lobato são mais criativas. Jeca Tatu deixa o papai noel no saco, sem sombra de dúvidas. E digo mais, dar o nome de Rupert? Por que não abrasilera isso? João, Francisco, Nelson Rubens, Atalípio, enfim? Tem que ser Rupert? ah não...

Outra coisa frajuta é a barba do Sr. Noel. PÕ sempre do mesmo tamanho, sempre branquinha, até parece que usa graxa de bode pra deixar ela consistente. Pô em um verão do caramba o cara usa aquela barba? É hindu por acaso? Cadê o Hare Krishna? Ommmm? Também não?

Agora falaremos da lareira...Quantos tem lareira? Eu não tenho, só churrasqueira, serve? Tá mas e se no natal eu tiver fazendo um assado tri bala, vou torrar com o papai noel? Bom acho que ele vai ver a fumaça e não vai entrar né? Mas se entrar? Já pensou se eu for o responsável pelo morte do bom velhinho? Não, não quero ser o responsável pela fatalidade, imagina milhares de milhões de crianças da África ficarão sem um tutelo...Que piada, entendeu? África, fome, presente, papai noel, ? Entendeu? Entendeu?

Enquanto isso, continuai vos a acreditar nessa crendice tola de papai noel e fazer o favor de me dar presentes, afinal é só isso que importa. Ou estou sendo realista demais? Ah pois é, deixei os meus sonhos embaixo do travesseiro essa noite...