sábado, 27 de junho de 2009

O jovem Pedro parte I

É, isso tenho que concordar, desde a infância Pedro já se distinguia dos demais. Carrinhos? Nada disso, o seu lance era montar e montar. Seus legos até já estavam gastos. Criava mundos, criava castelos, reis, palacetes, cenários de guerra, tudo o que tinha ao seu alcance mental, Pedro criava, inventava. Por vezes seus pais e irmãos não o entendiam, mas fazer o quê? Nem todas as famílias são perfeitas mesmo. E o tempo foi passando e os legos, Pedro foi se distanciando, e chegamos na adolescência. E a partir dela começou a enfrentar crises existenciais. Quem sou eu? O que estou Fazendo aqui? Por que disso, Por que daquilo. Seus pais não sabiam o que fazer, simplesmente não entendiam por que o filho fazia muitas perguntas, não percebiam que o que era óbvio para eles, para Pedro não era. E vice versa. Pensavam que o filho poderia estar desenvolvendo um distúrbio mental, algo do gênero, resolveram então leva-lo ao psiquiatra.

Já no consultório refinado, bonito para dedéu Pedro já ficou um tanto quanto preocupado "Caramba, sou louco? Sou fora do ar? Vão me internar? Ah não quero usar camisa de força não, tô fora, deve ser desconfortável..."Então eis que surge em cena o médico, Drº Amaranto, como costumavam chamar, tinha por volta 50 anos, cabelos ralos e grisalhos, bem vestido, um terno bem arrumado junto com um jaleco branco exuberante escrito "Drº Amaranto, Psquiatria". Mas o velho doutor era um expert em quebrar gelos furacões e enxurradas de mau humor, como um sorriso cordial perguntou: Como vai Pedro? E Pedro responde: _ Vamos indo né doutor, mas já vou dizendo, não sou louco e não quero ser internado...

_ Internado? Quem disse que você quer ser internado? Apenas quero conversar com você e avaliar sua saúde mental, e caso você seja louco e precise de internação, é por pouco tempo, quem sabe apenas essa existência, depois a camisa de força é feita com uma malha bem confortável que até os atletas do ciclismo usam...

E ele prossegue: _Calma rapaz, fica tranquilo, ninguem aqui vai ser internado...não é o teu caso...

Pedro mais aliviado começa a adquirir confiança no médico e acaba falando sobre sua vida...

Conversaram desde a sua paixão por legos, por montar e criar,falaram sobre sua infância, seus medos e indagações a respeito da vida de forma tranquila que as vezes Pedro pensava se aquele realmente era um Médico Psiquiatra de que muitos tinham medo ou se Amaranto era apenas um amigo mais velho com uma experiência do tamanho do oceano atlântico....

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A FEEVALE e os seus 40 anos...

Parabéns Feevale, muitos anos de vida, vida? mas és um ser vivo? Ih complicou de novo. Enfim, mas a minha intenção foi boa. Achava que como todo aniversário os individuos ligados ao aniversariante eram recebidos com bolos, refrigerantes, caso o cidadão seja diabético pode ser uma suco de laranja natural diet mesmo. Mas não, não recebemos nada disso. Que anfitriã hein Srª Feevale? Eu deveria fazer parte da festa, afinal de contas contribuo todo mês com a mensalidade. Para quem não sabe, sou aluno do FISEM, ou seja, faço o curso pelo final de semana e com desconto de 50%, mas mesmo assim faço parte do grupo... Se não fosse assim, ia tudo pras cucuias...



Brincadeiras à parte e continuando com elas, interessante como o orador fala sobre a Instituição, o público atento, compenetrado em suas palavras. Não percebi a energia do lugar afinal de contas assitia pela televisão, portanto não pude mais observar outras coisas. Mas pude perceber algo, muitos discursos seguem um regra básica, tipo:



-Falar bem da Instituição, colocando seus pontos positivos lá em cima (se for empresa, relatar o quanto foi duro estar no lugar que se encontra, a dedicação de seus funcionários, em geral isso dura em torno de algumas horas, levando o público ao cansaço e ao sono exaustivo...)

-Depois, fala sobre a infância,( o orador sempre tem q ter um momento meio egocêntrico e falar um tempo somente dele mesmo, iniciando pela sua infância depois conta de sua jornada de vida, da sua ida no inteirior, a roça dos pais, capinar todo dia.. ) e dizer o quanto foi duro chegar onde chegou e mais aquela ladainha toda,

-E por final, terminar sempre com uma frase um tanto quanto imbecíl que ninguem entende mas todos riem e batem palma e cada um segue com suas vidas...



E assim caminha a humanidade....

quarta-feira, 24 de junho de 2009

É meu?

Meu blog não tem filme legal para baixar, não tem dicas sobre os jogos mais atualizados. Não tem notícia ou foto de mulher pelada ou seminua, não tem nada disso. Também não tem nenhuma receita para ter sucesso na vida ou em relacionamentos, definitivamente não tem nada disso. Mas o que importa é que ele é meu blog, escrevo coisas que bem entendo, mas perae ae... O que é meu? Será que a casa que temporariamente habito, é minha, de meu pai, minha mãe, enfim? Meu cãozito dos buenos é meu ou é dele? O mesmo com o meu gato Bóris Francisco dos Santos Araújo Menezes de Viana, ele me pertence aquele felino metido?! Mas quem dá comida a ele? Ele mesmo?Ou eu? putz, caputz, que cosa das complicadas tchê!!!!!! E se tratando de Deus, quando uma coisa feia, mas muito feia, feia mesmo acontece o que muitos falam? "MEU DEUS" Bãh estamos importantes hein, até Deus nos pertence...A namorada(o) nos pertence mesmo, o mesmo com "minha mulher" "meu marido" eles são nossos?Será que realmente esse negócio virtual que chamo de blog me pertence mesmo? Será que a vida que eu acho que me pertence me pertence mesmo, a sua vida lhe pertence? Então me responda se nossas vidas nos pertencem por que acontecem coisas que não planejamos? Por que que as pessoas sentem dores, sofrem, tem cãimbras, urinam nas calças sem controlar, elas escolhem isso? Controlam esses fatos? Escolheram viver desse modo? Será que alguém escolhe sentir dor, sofrer, perder um pai, uma mãe, se tornar aleijado, perder um braço, enfim...? Ter doença? Será que existe algum sadomasoquista?Até que ponto a vida que nós entendemos nos pertence? Existe uma energia por trás disso? Não? Não sei...talvez, quem sabe, pode ser, tudo pode acontecer inclusive de vaca obesa voar e fazer piruetas, não duvido de mais nada nos dias de hoje.



Quem sabe exista uma linha divisória separando o que nos compete e ao que não nos compete. Para alguns ela não é tão bem marcada, em compensação para outros... Não sabemos como funciona, mas existe um mecanismo, um mecanismo que ainda desconhecemos, talvez por nossa ignorância, ou talvez por que achamos que sabemos de tudo. Pense bem, faz quanto tempo que o oxigênio foi descoberto? Uns três, quatro séculos atrás, nem isso? Mas nem por isso começamos a respirar nesse tempo, sempre respiramos, mas não sabiamos o quê exatamente. E a respeito das bactérias? Quem diria, pequenos bichos minúsculos que fazem estragos dos grandes, a dona streptococus, cinetobacter,aureus disso, aureus daquilo. Tão com a gnte já faz um tempo, mas descobrimos elas a um tempo relativamente curto. É claro que foram evoluindo e mais aquela toda coisa, mas dae não saberia explicar...



Poderia ficar a tarde toda dando exemplos, mas apenas serão exemplos... Enquanto isso o teatro da vida continua e as vezes não entendemos certas partes do roteiro...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Jamais misture cerveja com vinho

Jamais, nunca, esqueça!!!!!!As consequências podem ser catástróficas e desastrosas. Digo isso, por que empiricamente realizei tal mistura. Bom, com o fato ocorrido aprendi muitas coisas, uma dela é NÃO MISTURAR CERVEJA COM VINHO CARAMBA. Passei muito mal, uma dor de cabeça sem tamanho, parecia que tinha três baterias duplas tocando heavy metal na minha mente. Uma dor no estômago terrível. Parece que tomei meia dúzia de bordoadas na barriga. Então a técnica de hoje consiste na sabedoria de não misturar destilados, fermentados e mais todos os ados que existem. Caso isso ocorra e passe mal depois, use o estilo "Dedus indicadorus em funduns da goelas" Uma técnica tradicional francesa, iniciada pelos boêmios da região quando bebiam além da conta e não conseguiam mulheres para passar a noite. Ao longo dos tempos com a tecnologia essa técnica foi aprimorada. No início era realizada em estábulos, hoje em qualquer banheiro, particular ou público serve. Com os estudos avançados em anatomia patológica do álcool, o método de enfiar o dedo na garganta também mudou um pouco. Hoje sabe se que é necessário enfiar meio dedo na goela. Antes eles enfiavam todo. Isso está de acordo com lei de "Pinguçus" que consiste que quanto mais se enfia o dedo mais a musculatura abdominal sofre com o fluxo vomitante.
Passado então a parte teórica, faremos na prática:

- Procure um banheiro, de preferência limpo e sem freadas no vaso, você colocará a cabeça perto, portanto tem que ser um local limpo;

-Depois aproxime se do vaso sanitário e com os dedos indicadores e médio introduza suavemente na orofaringe, provocando o reflexo do Hugoooooooooooooooo

-Depois do ocorrido perceberá que sua barriga melhorou um pouco, mas a dor de cabeça não, deve se ao fato de que essa técnica não faz milagres, portanto tenha paciência, caso os sintomas persistirem repita os passos anteriores, e caso ainda não funcionar, um soro glicosado de 250 ml mais buscopam composto alivia as dores e desconfortos...

O tal do som universitário...

Tem coisas que realmente não entendo, e acho que não vou entender nunca. Uma delas é como funciona uma bolsa de valores. Outra é esse lance de "pagode universitário" "sertanejo universitário" o que seria? Seria um estilo de música? Ou é porque os elementos do grupo são universitários? Se for, eu respeito sabe, conciliar vida de músico com vida de estudante tem que ter bala na agulha. Tem que ser o cara. Mas além disso, acho que não é uma coisa nem outra, acho que "blablabla universitário" deva de ser um estilo, mas um estilo musical em particular, para as universitárias. É, só pode, nunca vi um tipo de música aglomerar tantos indivíduos do sexo feminino em um pequeno espaço. Acho que se enganaram, devia de ser "pagode para as universitárias" "sertanejo para as universitárias". Talvez soasse meio mal, muito direto ao assunto, então os produtores ou sei lá quem criou isso desviou um pouco o caminho.
Acontece que o segredo disso é muito simples, pegar homens bonitos, juntar mais um pouco de letras enamoradas, colocar uns músicos de fundo, adicionar umas calças apertadas, caso o instrumento circunstancial não tenha o tamanho adequado pode se colocar meias de lã na cueca. Lembrar também de fazer melodias simples, para que os namorados das universitárias saibam cantar e tocar para elas. Uma progressão em Dó_Sol_Lá menor_Fá é muito bem vinda também.
Tirando as técnicas de lado, acho que o estilo sertanejo, que chamam de sertanejo, de sertanejo é que não tem nada. Primeiro, é a temática das letras. É claro que não podemos generalizar todos os artistas, alguns não fogem do tema e tem uma grande talento.Continuando...A temática das letras não retratam a vida no interior, a vida no campo e mais aquela coisa toda. Depois são os instrumentos. Depois dos instrumentos vem as progressões musicais, que não se identificam com o estilo, pode ser qualquer outra coisa, menos sertanejo. Ahãm, então compreendo o porque do universitário...Eles estão aprendendo a tocar o sertanejo de verdade, mas um dia eles chegam lá...

terça-feira, 16 de junho de 2009

O artista




O artista é um cara meio fora do ar sabe, meio que não está nem aí para nada, tipo bêbado, mais para lá do que pra cá. Alguns são extremamente calmos, meio zen espiritual, outros completamente agitados e sem noção. Digamos que eles vivem em alguma outra esfera, algum outro planeta, que por sinal é bem difícil de trazê-los de volta para a Terra. Preferem ficar em seus cantos, com suas maracutaias e assim vão indo vão levando. Alguns são músicos, outros pintam, há qem escreva, há que rabisque, há que seja escultor, tem gosto para tudo, aqui é bem diversificado sabe. A única coisa que se importam é com sua arte. As vezes nem se importam tanto, por que o que possuem de talentosos tem de perfeccionistas. Nada, absolutamente nada está adequado para eles, sempre falta algo, sempre existe algo a completar, nem que esse mesmo algo não seja nada, mas falta.
Em termos de organização, bãh, falaremos em desorganização, as vezes eles nem conseguem explicar o que estão fazendo, o motivo disso não consigo captar direito, talvez não faça parte do mesmo nivel de intelectualidade deles, acho que é por isso que não entendo.
A convivência com esses seres é um tanto quanto difícil e as vezes estressante. Do que tem de artistas possuem de relapsos. Possuem um geniozinho de cão e detestam ser contrariados. Descordar de suas palavras, é guerra na certa.Se você possui algumas dessas caracteristícas, tem duas opções, ou levas isso adiante ou faça um tratamento psiquiátrico, depois alguns anos com um psicanalista ajuda também, digamos para manter a orientação em tempo e espaço. Sabendo o ano que estamos já é um começo. O artista não se importa com essas coisas fúteis como dia, mês, ano, datas, festas, alimentos, enfim. Tendo o seu material e a idéia já tem tudo, o resto é balela...

Como cantar cantando....


Ahã, estamos jóia, tudo, e por ae? Meus camaradas, o lance é o seguinte, depois de matutar e matutar, tanto que parece que ocorreu uma hipertrofia no meu cérebro, sério, sinto ele maior, desenvolvi um método um tanto quanto peculiar para cantar. É simples, fácil e prático, nada daqueles livros do tipo "Como fazer tal coisa em apenas dez lições..." Não, não é nada disso. Se chama "Singing in chuverus frius no invernus". Consiste da seguinte maneira:

-Aproveite o dia mais frio do ano, aquele que mesmo usando cinco cobertores de lã parece que o couro não esquenta, e vá a algum chuveiro mais próximo;

- Depois, desligue a luz da casa e ligue o chuveiro no frio, no gelado, e prepare se para a próxima etapa;

- Vá aquecendo a voz para que ela não congele, pode começar cantando "Tchurim tchurim fun flai" pode ser em dó maior, um tom sem acidentes musicais,

-Cuide bem de sua temperatura, para que o seu corpo não chegue a 0º graus, isso não seria nada agradável e nossa técnica não seria bem executada;

-Entre no chuveiro e grite: "putaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa que pariuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu que friooooooooooo do infernoooooooooooooooo" e siga para o passo seguinte,

- Depois disso, com a raiva do frio que terá, continue cantando, vai chegar a um momento em que vai achar que está afinado, não se preocupe, o frio pode causar sérias perturbações mentais e alucinações auditivas, não dê muita importância, continue cantando até que sua voz fique rouca e não consiga nem falar "três trigos foram comidos por tristes tigres frescos..."

- IMPORTANTE- Essa técnica não é adequada a pessoas alérgicas ao frio, maricas e ursos hibernantes com baixa em lipídios, os efeitos podem ser desastrosos...

OBSERVAÇÃO- Você chegará a conclusão que não canta coisa nenhuma, porém perderá a timidez de cantar desafinadamente quando sentir o frio congelando seu rabo, e cuidado para que esteje sozinho, caso não tiver, não deixe o sabão cair no chão...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Aniversários...


DETALHE MUITO IMPORTANTE DE EXTREMA IMPORTÂNCIA: Esse pseudo texto era para ser postado no dia 16 de junho, dia em que faço aniversário no ano terrestre, na época andava meio assim, sei lá, sabe, então acabei não postando, então não vá pensar que faço aniversário no final de setembro, certo? Além do mais, se eu tivesse postado isso no mês e dia certos não poderia estar aqui explicando o por quê que tudo isso aconteceu, até mais....

Sim, amanhã é meu aniversário. Amanhã estarei com os anos lá em festa. Legal comemorar aniversário uma vez por ano, acho que se fossem duas vezes seria chato. Aí está a graça. Um dia por ano, um dia a ser comemorado. Lembro dos meus aniversários de infância, eram legais, fui uma boa criança, não fui tão pentelho assim, mas aprontei das minhas, enfim, tenho boas lembranças. Quando já se é quase adulto as coisas um tanto quanto mudam. O relógio da vida não tem o botão de PAUSE ou o botão de REC. Ao mesmo tempo que comemora, você sabe que está ficando cada dia mais velho. Há quem diga que velhice seja sinônimo de experiência, alguns até dizem..."respeite fulano, ele é mais velho, tem mais vivência". Mas conheço muitos velhos criançolas, conheço também muitas crianças adultas. É hora de rever certos paradigmas, ou até quebrá-los. Mas algumas coisas somente através dos tempos vão sendo revistas. Acontece que a maturidade sempre chega na hora certa, para alguns mais cedo, para outros mais tarde. E aniversários não tem nada a ver com isso, é uma coisa meio empírica saca, só vivenciando. Não que eu seja nostálgico, mas quando somos crianças nos relacionamos melhor com os outros. Fazemos amizade de maneira mais fácil. É claro que muitas coisas não temos capacidade para entender ou enxergar, talvez por isso seja fácil interagir com seu vizinho. Por falar em vizinho, temos nos criamos com determinadas pessoas quando somos crianças. Depois vai cada um pro seu lado e vivem como se nada existiu, estranho o comportamento humano não? Alguns amigos de infância que iam no meu aniversário, comer o meu bolo, os meus negrinhos e a minha torta fria, hoje para mim são estranhos. Assim como sou estranho para eles, sinceramente algumas coisas não entendo. Mas analisando a situação sob uma outra ótica, quem sabe realmente não tínhamos que ser amigos desses mesmos indivíduos. Pode ser que a ingenuidade infantil nos salve de tamanhas frustrações...

sábado, 13 de junho de 2009

Sr mativis

As vezes me sinto, tão, tão, sei lá...é, as vezes me sinto sei lá, tão distante, tão fora da Terra que a galáxia que fico matutando minhas filosofias de botequim fica bem longe. E isso que estamos falando a anos luz de distância. As vezes me pego em meus pensamentos que de tão compenetrado, acabo perdendo o fio da meada. Coisa estranha isso tchê. Se fosse consultar com o analista de Bagé com certeza receberia uma joelhada, sim, a famosa técnica do joelhaço. (para quem nunca leu, recomendo, o Analista de Bagé de Luís Fernando Veríssimo) Tenho tanta coisa para fazer, em um intervalo muito curto de tempo,as vezes acho que não vou conseguir. Não falo de coisas rotineiras como estudar, tomar café, ir ao banheiro, não fazer nada, mas falo de projetos de vida. Poxa vida, queria ser enfermeiro, queria ser médico, queria ser escritor, queria ser músico, ser pai, ter uma família, pessoas normais fazem isso, pessoas normais constituem família, mas não sei se vai dar tempo de fazer tudo. Terei que pensar e criar algo que me faça viver 300 anos, é, de início já está bom. Acho que isso tudo se denomina ansiedade. E por falar nela, as vezes sou tão ansioso que mesmo estando a 200km\h parece que permaneço parado. Tomar medicamentos para isso? É já tentei, mas os médicos não nos falam os seus efeitos colaterais. O que que eu fiz, aproveito ela e canalizo em outras coisas. Por exemplo é escrever, puxa vida, nunca achei que seria tão interessante escrever, escrever e escrever.Até já pensei em escrever livros. Música então nem se fala, mas sobre isso teria que estar muito bem inspirado...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Números

Tenho medo deles, desde os tempos de infância. Já tive sonho com eles, ou melhor, pesadelos. Sonhava que eles me perseguiam e diziam "Júnior, Júnior, por que não gosta da gente? Não te faremos mal, mas estuda para prova, senão a gente de assombra para o resto da vida..." Eles saiam atrás de mim como se fossem zumbis comedores de cérebro. Mas a boa notícia é que não fiz xixi na cama. Se foi algum trauma de infância ou alguma professora megera, não lembro. Nunca fui bom em matemática, não entrava na minha linha de raciocínio. Nunca fui aluno excelente na parte das exatas, para mim nada era tão exato que podia ser escrito com números. Acontece que tomei naquele lugar várias vezes, e continuo tomando. Falta de humildade? Orgulho? Pode ser, não temos que ser bons em tudo, mas isso não significa que aquilo que não gostamos temos que fazer mal feito. Mas depois de muito tempo matutando descobri por que não gostava da maldita matemática. Não conhecia o conteúdo. Geralmente aquilo que desconhecemos ou temos medo ou não gostamos. Depois de chegar a esse brilhante raciocínio, continuo com dificuldade em matemática.

o Eu da adolescência e o Eu da 3º idade

Sempre gostei de abstrair meus pensamentos, já imaginei diversas coisas, algumas muito interessantes, outras nem tanto, estes tempos pensei em algo um tanto quanto surreal, mas ao mesmo tempo me deu medo, geralmente o futuro nos transmite isso.
Já pensou se em algum momento de nossa velhice, encontrássemos nosso eu da adolescência? O que diríamos a ele? imagina o diálogo:

Eu da 3º idade: _ Olá, quanto tempo?

Eu da adolescência: _ Tempo? Mas eu nem te conheço boneco, é algum parente meu?

Eu da 3º idade: _ Isso pode parecer estranho moleque, mas eu sou você alguns muitos anos mais velho, sem cabelo com rugas e barriga....

Eu da adolescência: _ Ah é né, viajou o magrão, não sabia que eu ia ficar tão feio depois de velho, olha essas rugas, até parece um sapo diabético, essa barriga intão bãh bãh e bãh, parece uma bola de golfe aumentada genéticamente 1000 vezes, o cabelo intão, ou melhor, a falta dele, não sabia que os mosquitos tinha a aeronáutica para enviar controladores de voô, ou é tercerizado o serviço, o clima está favorável a decolagens ou os mosquitos terão de descer de páraquedas?sem dúvida, você pode ser eu, mas é muito feio!!!!!!!!!!!!

Eu da 3° idade: _ Obrigado pelos elogios, pois saiba que desde pequeno era sincero, mas teremos uma conversa curta, não temos muito tempo, tenho algumas coisas para lhe dizer, para que ambos sejam felizes...

Eu da adolescência: Tah certo coroa.., desembucha e vai falando rápido que tenho um monte de coisa p fazer o FDP do prof de portuga tah com altos trabalhos carrancudos, então vai na velocidade ae que noís conversa na plenitude....

Eu da 3º idade pensando..."bãh. não sabia que era tão malandro em meus tempos escolares..." e diz: _ Seguinte, essas rugas que tenho foi por que me estressei demais e mal fazia as coisas que eu queria, pensava demais no que os outros iam dizer, então me inibia, portanto mude isso, seja mais você e menos os outros,outra coisa são seus medos, tente não se desesperar com certos fatos em sua vida, a maioria deles não acontecerão, exceto nessa cacholaque tem q fazer mais e pensar menos...

Eu da adolescência _ Tah certo velhote, mas me diz uma coisa, vou dar uns pegas na glorinha ainda?! Quando tiro minha carteira? Vou ser advogado, astronauta, músico, frentista,mendigo?E vou casar? ter filhos? como eles serão?serei legal?divertido?as pessoas gostarão de mim? Serei feliz? e meus velhos, serão velhos?

Eu da 3º idade: _ Calma, calma, serás tudo o que quiseres, isso não depende de mim, mas de ti, além do mais, certas coisas não tenho a permissão de me intrometer, e a respeito de seus pais, eles ficarão com você durante determinado tempo, depois irão embora como todos os outros, suas dúvidas serão respondidas ao longo do tempo, pense menos e haja mais, faça o que tem vontade, o resto, ah o resto é problema seu, a minha parte eu já fiz mesmo, e quem vai se ferrar é você e não eu..huhuhuh e mesmo velho, continuo esperto lero lero mocinho....

Então a o Eu da 3º idade voltou a seu lugar de origem, um pouco mais calmo, afinal sua missão estava cumprida e o adolescente nunca mais o viu, aquelas palavras ecoaram de uma maneira muito forte em sua mente, algumas coisas não entendeu direito,talvez pela falta de maturidade, tentou fazer o que pode para mudar, e o resto fica para a história...

domingo, 7 de junho de 2009

A Branquinha...


OBS - Essa é a continuação da história de Branca de Neve, que o Walt Disney não quis mostrar a seu público. Há correntes que falam que ele não quis relatar essa história à grande público justamente para não perder aquele lance de príncipe encantado, casamento perfeito, e o felizes para sempre. Outros dizem que alienígenas estavam subornando Sr Disney para ocultar tal fato. Há também outra corrente contrária a todas às teses postas anteriormente, que diz que Sr Disney morreu de desgosto com sua história tão medíocre e puritana. Se isso tudo é verdade ou não, não sabemos. Acontece que de fato tive que conversar horas e horas com o Zangado, para que ele me falasse como tudo isso aconteceu de verdade. Tive que pagar três sanduíches e duas garrafas de suco de laranja. Apesar de anão, ele comia como uma tropa de paraquedistas do exército brasileiro. Então... Branquinha é como é chamada a Sra Branca de Neve que atualmente está morando com o marido da cinderela em algum subúrbio próximo ao Brooklyn em uma casinha muito simples mas caprichada. Agora vamos ao que interessa...

"...Então o valente príncipe encantado lutou com a feroz bruxa da maçã envenenada e enfiou as maçãs naquele devido lugar. Andou mais alguns metros e encontrou uma espécie de caixão onde a inocente Branca de Neve repousava em seu sono mais profundo, na espera do homem de sua vida. Por sua vez o príncipe, que de príncipe não tinha nada, aproveitou a situação e deu uns pegas bem pegados na Branca. Ela por sua vez, estava cansada de estar naquele sono maldito e também dos miseráveis anões toscos que não serviam para nada. Aproveitou então que o princípe estava com os hormônios em alta e os dois viveram felizes para sempre..."

...Até que a rotina entra na história e dilacera tudo. Eles foram felizes por um certo momento, depois foi tudo para o *&¨%$#@#$. O príncipe herdou todas as posses de seu pai, que foi vitimado de um ataque fulminate do coração, quando descobriu que estava sendo traído com alguma espécie de sapo natural lá da Austrália. O príncipe por si, deu um pé na bunda de sua mãe e mandou ela plantar pitangas lá no interior da Paraíba. Levou então seu grande amor para o seu real palacete. No início com em tudo é uma maravilha, é amorzinho pra cá, meu pãozinho de coco pra lá, casamento digno de cinema mudo. Mas o tempo foi passando e barriga o príncipe foi ganhando e a Branca de Neve impôs com maior delicadeza a seu marido:

_ Ou tu entra para uma academia ou não quero mais você, ou são os assados de porco ou eu, você decide!!!!!
Então o príncipe responde...

_Oh querida, você sabe que eu te amo, mas depois que moramos nesse belo castelo minha vida não tem mais sentido, não tenho pelo quê lutar, tenho tudo, e na nossa época ainda não existem os doidos dos psquiatras, e eles ainda não inventaram a depressão, por que senão eu poderia me encostar e receber do INSS, oh oh oh, que triste vida, ainda tbambém não existe o INSS oh oh oh. Por isso me afogo nas guloseimas e nos churrascos do final de semana. Não consigo evitar é mais forte do que eu, oh céus oh céus, óh céus, quem poderá me ajudar...(se você pensa que o chapolim colorado entra na história, está muito enganado...)


Eis que surge o marido de cinderela em cena, mas antes vamos contar algo sobre ele para que essa história seja mais divertida.

O marido de cinderela era um homem de boa índole, porém herdara um reinado pobre, cheio de dívidas e com seus súditos exigentes. Aquela parte que falam sobre o sapatinho de cristal, é tudo mentira pois seu reino vivia em um pindaíba sem tamanho. Então resolveu juntar suas tralhas com a simpática Cinderela mas infelizmente não aguentou as pestes de suas cunhadas. Dizia ele que eram mais chatas que unhas encravadas de dedo mindinho. Em uma determinada festa acabou conhecendo Branca de Neve e eis que surge um amor à primeira vista...


Então o Príncipe Pobre se junta com Branca de Neve e tentam também viver felizes para sempre. Mas hoje sabe se que amor nenhum enche barriga e os dois foram morar debaixo da ponte. Sorte a Branca(que nessa altura do campeonato já se chama Branquinha) tinha alguns contatos nos EUA e consegue uma espécie de bolsa família americana. Descolam uma casa em algum subúrbio perto do brooklyn e o resto? Ah o resto é história!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 6 de junho de 2009

Cotas em universidades...

É, realmente esse assunto tem dado o que falar. Aliás falam muito, mas conclusão nenhuma. Não tenho uma opinião inteiramente formada sobre o assunto, mas penso que colocar cotas para negros é um dos maiores marcos do racismo no Brasil, sem dúvida. A diferença do início da escravidão e nos dias de hoje, é que naquela época ocorria as chibatadas, o escravo ia para o tronco. Hoje, com as cotas, o "branco" por assim dizer impõe a supremacia intelectual, como se realmente significasse algo. Talvez existam outras maneiras de mudar o quadro do estudo em nosso país. Tenhamos como exemplo a medicina, quantos joãos, josés, pedros oriundos de famílias humildes estão nesse curso? Raras excessões, e as excessões até podemos contar nos dedos. Contamos nos dedos quem possui ensino médio. Se já sabe ler e escrever e assinar o nome já é um grande avanço. O início já poderia ser um começo, parece que soou um tanto quanto imbecíl, mas é a verdade, pois enquanto que não melhorarmos o estudo de lá em baixo, em séries iniciais, ensino médio e por aí afora, não teremos respaldo nenhum para discutir se cotas são ou não são boas. Enquanto que continuarmos com esse papo de que o Brasil é o país das raças,que é uma tremenda hipocrisia, e tem gente que bate palma para isso ainda, a situação vai ficar cada vez pior. Não adianta, o racismo não vai desaparecer de uma hora para outra, quem sabe até nunca. Não sejamos uma sociedade burra, que deixa o poder na mão de tão poucos que esses mesmos poucos nem sabem o que fazer com ele. É hora de começar a pensar por si, cada um, desenvolver o pensamento crítico, as faculdades poderiam ajudar também ao invés de injetar e injetar conhecimento que muitos nem sabem de onde vem. Raça humana só existe um,a somos nós, brancos pretos, mulatos, amarelos, pardos, enfim...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Sobre a amizade...

Tem uma música muito bacana do Oswaldo Montenegro que se chama "A lista", tem uma parte que fala mais ou menos assim:" Faça uma lista de grandes amigos,de quem você mais via há dez anos atrás, quantos você ainda vê todo dia, quantos você já não encontra mais.." É uma música que tem muita coisa para escrever em cima, mas nos fixaremos na questão dos amigos...
Penso que amigos vem e vão embora, outros surgem do nada, como se uma fada madrinha fizesse "plim" com sua varinha de condão. Algumas amizades parecem que foram feitas por encomenda para nós, outras vão surgindo em doses homeopáticas. Outras surgem também das diferenças, por incrível que pareça. Percebi que amigos não tem cor, não tem sexo, não tem idade e necessariamente não precisam serem humanos. Há quem se dê muito bem com cachorros, gatos, burros, vacas, cabritos enfim. Tenho muitos amigos livros também...
Quando uma amizade chega ao fim, não quer dizer que quando ela existiu não foi verdadeira. Aprendemos o que tinhamos que aprender e cada um segue sua vida da maneira que mais lhe convém. As vezes penso que alguns amigos nos aparecem em determinadas épocas da vida, saem de mansinho e depois de anos voltam. E o mais legal de tudo isso é que algumas coisas nunca mudam, mas apenas algumas coisas. Precisamos de amigos sempre, mas não podemos depender deles em qualquer situação. Antes de enxergarmos eles como amigos, primeiro temos que enxergá-los como seres humanos, como homens e mulheres de carne, osso, barriga e defeitos. Outras vezes temos que trilhar certas partes da vida sozinhos mesmo, para depois conviver com eles.