quarta-feira, 17 de junho de 2009

O tal do som universitário...

Tem coisas que realmente não entendo, e acho que não vou entender nunca. Uma delas é como funciona uma bolsa de valores. Outra é esse lance de "pagode universitário" "sertanejo universitário" o que seria? Seria um estilo de música? Ou é porque os elementos do grupo são universitários? Se for, eu respeito sabe, conciliar vida de músico com vida de estudante tem que ter bala na agulha. Tem que ser o cara. Mas além disso, acho que não é uma coisa nem outra, acho que "blablabla universitário" deva de ser um estilo, mas um estilo musical em particular, para as universitárias. É, só pode, nunca vi um tipo de música aglomerar tantos indivíduos do sexo feminino em um pequeno espaço. Acho que se enganaram, devia de ser "pagode para as universitárias" "sertanejo para as universitárias". Talvez soasse meio mal, muito direto ao assunto, então os produtores ou sei lá quem criou isso desviou um pouco o caminho.
Acontece que o segredo disso é muito simples, pegar homens bonitos, juntar mais um pouco de letras enamoradas, colocar uns músicos de fundo, adicionar umas calças apertadas, caso o instrumento circunstancial não tenha o tamanho adequado pode se colocar meias de lã na cueca. Lembrar também de fazer melodias simples, para que os namorados das universitárias saibam cantar e tocar para elas. Uma progressão em Dó_Sol_Lá menor_Fá é muito bem vinda também.
Tirando as técnicas de lado, acho que o estilo sertanejo, que chamam de sertanejo, de sertanejo é que não tem nada. Primeiro, é a temática das letras. É claro que não podemos generalizar todos os artistas, alguns não fogem do tema e tem uma grande talento.Continuando...A temática das letras não retratam a vida no interior, a vida no campo e mais aquela coisa toda. Depois são os instrumentos. Depois dos instrumentos vem as progressões musicais, que não se identificam com o estilo, pode ser qualquer outra coisa, menos sertanejo. Ahãm, então compreendo o porque do universitário...Eles estão aprendendo a tocar o sertanejo de verdade, mas um dia eles chegam lá...

Um comentário:

  1. Tchê mative! A questão identitária das músicas hoje, é duvidosa. Será uma manifestação natural dos hábitos, modo de vida, característica de uma sociedade em determinado local? Enfim, são características assimiladas no decorrer do tempo que posteriormente são refletidas nas músicas. Digo isso porque a música é presente na vida de todos(ainda mais com toda evolução que existe, mp3, internet, etc.... e assim é uma expressão de massa cultural muito importante. Mas como ia dizendo é complicado avaliar a altenticidade de um estilo, tipo de música, isso porque as sociedades hoje buscam outras ideologias,(principalmente a ideologia econômica)a própria globalização provoca a mescla de ritmos e sons, gerando novas tendências. Não podemos ser saudosistas e ficar sempre dizendo "que as músicas do passado é que eram boas, nos traziam algo, hoje é uma porcaria que só retratam sensualidade e sexualidade, o que as letras retratam é o objetivo da "pegação"". Pois bem, realmente é o que eu acho. O que rege essas as´tendências hoje é o capital, o mercado, as coisas passam a ter um valor superficial, aquilo que chama a atenção de imediato por ser inovador, por isso as músicas que "estouram" nas paradas duram tão pouco tempo, logo ninguém mais lembra. Enfim, o que podemos fazer é não lamentar o menor espaço na mídia das músicas do passado em que as manifestações de identidade eram intrínsecas e verdadeiras e que hoje é só o "bate coxa" e a dor de cotovelo, temos que tentar quebrar esse sistema em pequenas atitudes, talvez seja difícil mesmo, pois a própria maneira como a sociedade se comporta hoje não favorece muito, pois as coisas são muito mais rápidas, temos que trabalhar pagar contas, comprar, tudo gira muito rápido, logo temos que escutar músicas que tenham sentidos rápidos também, e que não ocupem muito tempo da nossa cabeça refletindo, ou então músicas que falem daquilo que o povo mais gosta no mundo: vuko-vuko... ae é que tá a jogada pra quem sabe vender!!! temos mesmo é que "ouvir" mais a nós mesmos, criar, ser mais lento na tragetória da vida, não vamos passar a vida correndo, saboreamos-a... ouçamos mais "MÚSICA"

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