Quando se é criança tudo parece ser mais fácil. Ou quem sabe não, mas por via das dúvidas é mais fácil sim. Além da criança ter uma criatividade de deixar qualquer Steven Spielberg no chinelo. Lembro que a primeira vez que vi o filme do Super Homem (quando ainda era o Sr. Reeve) ficava pensando como que ele voava. Bom cheguei a brilhante conclusão de que os produtores colocavam inúmeros ventiladores gigantescos para alçar o voô do grande herói. Jamais iria imaginar que eles apenas cortavam e recortavam a cena, jamais...
Ou então quando tinha a série "Jornada nas Estrelas" pensava qe devia de ser muito caro filmar fora do planeta. E o Spock, feio daquele jeito só poderia ser alienígena. Desculpa a sinceridade aos amantes do sci-fi, mas o Spock era feio que uma bãrbaridade. Mas o meu ídolo era o homem morcego, bah o Batman era o cara. Definitivamente o cara afinal de contas não tinha superpoderes, apenas dinheiro. Disse apenas dinheiro, como se em tempos atuais dinheiro não é sinônimo de poder. Mas nem tanto, mas o fóco não é isso. Sempre quis ter um batmóvel só meu para que pudesse dizer "blindagem", imagina as gatas cairiam em meus pés como uma caranga daquelas. Pensei então em ser o homem morcego de Osório, mas onde iria morar? Simples, no morro da borrúcia oras, bem pertinho da escola para que não tivesse o problema de chegar atrasado no dia seguinte.
Quanta coisa queria ser quando era criança e não fui nenhuma delas, jamais pensaria que em vida adulta seria enfermeiro e lidaria com vida, com morte, com sangue, com merda. Pensava que seria um herói bem do estilo antigo, bem do tipo que salvava a mocinha e dava de laço no vilão. Mas descobri que me tornei melhor do que isso, me tornei enfermeiro, decidi estar presente no momento mais difícil na vida do outro, na doença. Nenhum Batman, nenhum Homem-Aranha lidam com a doença, muito menos o Super Homem.
Claro, é mais fácil fazer a parte legal, ser mostrado, estar em evidência do tipo "Eu sou bom". Ser enfermeiro não é nada disso, pois você é esquecido, é deixado de lado, e quando a pessoa tem que te xingar, te digo que ela vai te xingar, mas você tem que ter empatia e entender o lado dela. Então percebo que me tornei uma espécie de herói, não da moda antiga como no passado queria, mas faço aquilo que posso para meu semelhante sem pedir nada em troca muito menos um simples obrigado, se vier, melhor, se não, paciência e continuo meu plantão como se nada tivesse acontecido.
Por isso que quando se é criança, tudo aparenta ser mais fácil, mas não é, depende de como você enxerga o pedaço de pão em cima da mesa...
Quanta coisa queria ser quando era criança e não fui nenhuma delas, jamais pensaria que em vida adulta seria enfermeiro e lidaria com vida, com morte, com sangue, com merda. Pensava que seria um herói bem do estilo antigo, bem do tipo que salvava a mocinha e dava de laço no vilão. Mas descobri que me tornei melhor do que isso, me tornei enfermeiro, decidi estar presente no momento mais difícil na vida do outro, na doença. Nenhum Batman, nenhum Homem-Aranha lidam com a doença, muito menos o Super Homem.
Claro, é mais fácil fazer a parte legal, ser mostrado, estar em evidência do tipo "Eu sou bom". Ser enfermeiro não é nada disso, pois você é esquecido, é deixado de lado, e quando a pessoa tem que te xingar, te digo que ela vai te xingar, mas você tem que ter empatia e entender o lado dela. Então percebo que me tornei uma espécie de herói, não da moda antiga como no passado queria, mas faço aquilo que posso para meu semelhante sem pedir nada em troca muito menos um simples obrigado, se vier, melhor, se não, paciência e continuo meu plantão como se nada tivesse acontecido.
Por isso que quando se é criança, tudo aparenta ser mais fácil, mas não é, depende de como você enxerga o pedaço de pão em cima da mesa...
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