segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aprendendo a sentir


Bem, está certo que podemos compreender muitas coisas, concordo. Entendemos bastante desde o corpo humano até projetar aviões que utilizam combustível azul que não sei do que é feito. Sim, somos inteligentes, mas será que somos inteligentes quando o assunto se trata de sentimentos?
Não sei, não posso dizer por você ou por outros, mas posso dizer por mim. Tenho minhas dúvidas, não sei se sinto de forma equivalente ao que entendo do mundo lá fora. Mas ergunto, será que temos que entender o mundo lá fora? Acho que sim, faz sentido, senão teríamos motivos para estudar em escolas, universidades. Mas em nosso mundo interior, temos alguma escola, faculdade? Não, não temos. Pode ser por isso que o mundo anda adoencendo coletivamente, mais e mais? Já reparou no aumento da tal da depressão? Seria por isso? Não sei, pode ser uma hipótese a ser estudada...
Estamos perdendo a simplicidade de sentir. Sim, lamento lhe informar estamos. Por isso que estamos adoecendo, usando drogas ou tomando os mais variados tipos de medicamentos. Por acaso já olhaste na beleza de uma formiga que carrega cerca de nove vezes o seu peso? Não? Coincidência, pois eu também não. É, não tive tempo ou simplesmente não estava a ver de uma estúpida formiga fazer o seu trabalho fajuto. Tenho mais coisas a fazer, é final de ano, final de curso ou posso inventar qualquer outra desculpa. Sei lá.
Não contemplo mais o simples, penso no que tenho que fazer depois. Quem sabe eu esteja doente também. Bem, é provável, mas se eu inventei essa doença de não contemplar o simples, posso descobrir a cura. Escrever poderia ser o início. Posso começar por sentir aquilo que estou escrevendo. Afinal de contas não são meras palavras que formam frases sem sentido. São idéias, pensamentos, emoções.
Realmente faz sentido, gosto de escrever. Então sinto coisas boas quando escrevo, caso contrário faria qualquer outra coisa. Quem sabe escrever fosse minha forma de cura? Acho que sim, prefiro pensar por este caminho do que não ter fé em absolutamente nada.

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