quinta-feira, 28 de maio de 2009

Depoimento de um simples e ordinário cão, primeira parte


Putz, andam dizendo por aí que a vida do homem é difícil, que existem todos aqueles problemas de falta de dinheiro, de infelicidade no casamento, descontentamento dos filhos e mais aquela ladainha toda . Pois bem, se a moda agora é reclamar, eu também farei parte desse grupo. Quando tenho sorte recebo uma ração feita por miúdos de boi, vaca e até do coitado do porquinho, que entrou de pára-quedas na história, sem falar que tenho que estar contente sempre e abanar o meu rabo por isso, como forma de agradecimento. Quando contam aquela piada na hora do almoço do tempo do Ari Pistola: “Por quê que o cachorro balança o rabo?” me bate uma depressão canina sem tamanho, e que eu saiba por enquanto não existe antidepressivo para cães.
Sem falar dos momentos que fico com as sobras do rango do meio dia, bãh, aí é para matar mesmo, não tem coisa mais humilhante do que ter que ficar roendo aqueles ossos e fazer de conta que é muito bom enquanto que os problemáticos dos humanos ficam com a carne. E por falar em humilhação, existe coisa mais terrível do que ficar com o pescoço preso numa maldita coleira não dando espaço nem para se coçar e fazer as nossas necessidades fisiológicas?
Agora falando em problemas familiares, e a respeito de nosso relacionamento conjugal, acham que é fácil ficar tanto tempo na seca esperando pela maldita época do cio? Ah fala sério né!!!!!!!!!!! Primeiro, que o tempo do cio demora muito, e quando chega a temporada, a época é curta, mais uma vez não dá para ser feliz mesmo, nem com todos os ossos de chocolate, de baunilha e a cadela Lassie mais linda desse mundo. Como dizia um cãoúcho amigo dos buenachos, nascido em São Luiz Gonzaga, “...mãs bãh tchê assim é pior que roer osso de dedão do pé de ovelha...”.
E se tratando de fidelidade, ah que injustiça! Quem é o mais leal ao homem? Cachorro ou o gato? Qual deles fica solto? Nós que muitas vezes até já salvamos vidas ficamos acorrentados pelos ingratos, e o gato que é o animal mais interesseiro que conheço, fica dando banda pelo mundo afora, a propósito, já ouviu falar em algum felino que salvou uma pessoa? Pois declaro uma campanha “Acorrente o seu gato já ou liberdade para todos os dogs”. Bom, depois de reclamar bastante e não fazer nada para mudar, qual é o animal que leva a vida de maneira mais difícil, o cão ou o homem?Vai continuar reclamando ainda? Vai querer ou ver a parte II deste depoimento de um simples e ordinário cão?

Felicidade

É o que todos buscam das mais variadas formas. Se for parar para pensar, até um bandido almeja a felicidade à seu modo. De maneira certa? De maneira errada? Quem sou eu para julgar....
Alguns acham que felicidade é dinheiro no bolso, festas, carros, títulos. Para outros é achar um livro interessante, bom de ler. Há ainda alguns mais esotéricos que dizem que a felicidade está em seu interior. Para o músico é a canção perfeita, o timbre perfeito. Para o cirurgião é a cirurgia realizada e o seu paciente salvo. Para o poeta a felicidade é a busca da poesia mais bela. Para o trem é trilhar seu caminho passando pelas mais bonitas paisagens, com seus passageiros felizes, aproveitando a viagem.Para o gato é peixe, nunca vi animal gostar tanto de peixe, até penso que tem alguma droga felina embutida neles para causar vício.Há quem ache que felicidade é encontrar a alma gemêa e viver felizes para sempre como a história da Branca de Neve. Para o drogado é a alucinação infinita. Enfim, cada um com sua teoria, cada um chegará a mesma resposta um dia, ao mesmo resultado.
Não acho que exista felicidade completa, penso que existem momentos felizes. Penso também que a felicidade só existe por também existir a tristeza. São antagônicos? Sim, são, mas ao mesmo tempo se completam.
Felicidade nós construímos através de nossas escolhas, não existe nem certo, nem errado, tudo é experiência que reforçam nossa bagagem, e consequentemente vamos acumulando através dos tempos. Felicidade também é viver o aqui e o agora, que muitos não vivem, ou estão no futuro que a medicina chama de ansiedade, ou por que vivendo no passado e que a mesma indica depressão. Apartir do momento que nos damos conta que o passado e o futuro são ilusórios, colocamos o pé no chão e já estamos dispostos a começar a trilhar nosso caminho, assim como aquele mesmo trem citado anteriormente que chegará em alguma estação, iniciando mais uma vez seu ciclo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

E agora?

Aquele ditado que diz mais ou menos assim "Quando uma janela se fecha abre duas portas..." tsc tsc tsc, que piada, quanta ingenuidade. Tenho uma outra idéia, saca só "Quando a vida fecha uma janela, fica na rua e aproveita a luz do sol, e se tiver chovendo não esqueça do guarda chuva" É, chega de hipocrisia e achar que as coisas vão melhorar do nada, chega disso, é farsa, é piada. As coisas só melhoram se vamos a luta e fizemos algo a respeito.Esperamos de mais olhando pro céu achando que um ser superior vai nos salvar de nossas mazelas, o cara tem coisa mais importante para fazer.Coisas do tipo "ô deus, me dá um carro.." Ah caramba, tenha santa paciência, vai à luta oras....ou do tipo..."deus, me ajuda na prova" tsc tsc tsc, vai estudar seu mala...Não, não sou ateu, muito pelo contrário, tenho certeza que existe uma energia inteligente(chame de deus, de natureza, de universo, oxalá, alá, enfim) que está por trás de muitas coisas, e essa energia não é o ricardão de 100 kg e 1,90m...
Acontece que temos que aprender,temos que evoluir, temos que viver a vida, sem depender de alguém ou de qualquer outra coisa. Se alguém te abandona ou te decepciona em um momento que você precisava de ajuda, dane se, nosso melhor amigo somos nós mesmos. Acontece que as vezes nós não somos nossos melhores amigos...

domingo, 24 de maio de 2009

Uma outra história...

Certa vez um menino me perguntou o que era a vida. Pensei, pensei e descobri que não tinha nenhuma resposta coerente para a pergunta, então respondi:" Vida é tudo aquilo que você enxerga, que sente, mas é também tudo aquilo que jamais compreenderá em seus tempos de infância. É caminhar e sentir a brisa batendo em seu rosto lhe dizendo bom dia. É você perceber que está no estágio existencial de ser humano e que possui todo o direito de errar, pois aqui é a escola,universidade e pós doutorado, e é errando que nos tornamos mais fortes e maduros. Viver é sentir a dor e abraça-la com carinho, e entender que todos um dia sofrem e passam por várias transformações em seus interiores. Apartir disso entendemos que nosso melhor amigo somos nós mesmos. Viver também amar como um boêmio e esquecer que as vezes temos compromissos. E como todos os seres existentes pelo universo, temos direito à felicidade. Isso às vezes torna-nos a voltar a ser criança. E é essa mesma criança que nos dá força para realmente viver a vida como ela é e com todos os seus obstáculos a serem superados, onde não existem vencedores nem vencidos, onde um dia todos seremos iguais, seremos um só perante a vida..."

sábado, 23 de maio de 2009

Assistindo o nascimento da tartaruga amarela...


É, ficar sem fazer nada, com um tédio gigante e pensando na morte da bezerra deve ser deprimente mesmo. Para começo de conversa, o nada não existe, é só pensar nele, pensou no quê? Em qualquer coisa, menos no nada. O nada pode ser uma falta de criatividade, de assunto, enfim, mas o nada nunca vai ser nada. Por falar em falta de criatividade, isso está se espalhando por ae como o vírus ebola foi para a África e depois sumiu. Ainda bem que a cambada de humanos que está vindo agora são mais criativos e interessantes e com assuntos para contar, porque a Terra tava meio neurótica sabe, pra lá de Bagdá, mas um pouco antes de Kandahar. Creio que daqui uns tempos as coisas comecem a mudar, quem sabe aqui se torne um lugar melhor, com a mídia não fazendo tantos sensacionalismos com desastres e tragédias. Tomara também que acabamos de vez com o nosso maldito jeitinho brasileiro, que tanto dilacera nossa imagem como cidadão do Brasil. Espero que levemos as coisas mais a sério e com menos piadas imbecis e incoerentes. Sim, chega também de querer tirar vantagem dos outros, achando que esse é o melhor caminho. O malandro hoje é o debilóide de amanhã. O malandro de hoje pode ser o político corrupto que você vá votar amanhã. Chega de chorar pitangas. Mas penso que tudo que muda de uma hora para outra é de se desconfiar. Por isso penso que as coisas estão mudando, mas em boas doses homeopáticas...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Você bebe socialmente?!

Então cuidado com quem você convive hein? Seja em festas ou seja em casa mesmo. Imagina se seu melhor amigo é um Homer Simpson e seu fiel escudeiro é o Hancock? Você ainda vai insistir em dizer que bebe socialmente? É pois é, tava pensando nesse dilema esses tempos. Há quem diga que beber socialmente é beber todo final de semana, mas só quando chega no brilho básico. Depois disso param. Acontece que o nosso e inteligente organismo é tão esperto que tolera alguns tipos de drogas.Portanto aos poucos tem que aumentar a dose para o que o efeito seja o mesmo. Não sabia que o álcool era uma droga? Capaz? Acha que é só maconha, crack cocaína ou outros? Lamento lhe informar, mas o álcool é uma droga sim, e das pesadas. Não pelo seu efeito nocivo ao longo do tempo, mas por ser mascarada nessas lindas campanhas que vemos pela televisão. É amigos reunidos depois do trabalho, tomando uma "gelada" como os próprios dizem. É induzindo os jovens tímidos a tomar "várias" para chegar na garota certa sem medo de levar um fora. É meu amigo, o álcool também tem um forte efeito em destruir famílias e aniquilar sonhos. Grande parte dos acidentes de trânsito se deve ao uso do álcool. Mas isso infelizmente não faz o tipo de propaganda em que a mídia apresenta em seus veículos. Não dá marketing, não dá vendas, afinal de contas quem iria querer tomar uma substância que corrói os nossos orgãos e acaba com nossos neurônios? Então, gostaria de lhe perguntar, você bebe socialmente? O que quer dizer bebe socialmente para você?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Eles devem estar se remoendo nos túmulos...

Por mais que esse título soe um pouco tenebroso, sim!!!!!!. Artistas do humor como Grande Otelo,Zacarias, Mussum, Ronald Golias entre outros, devem estar se remoendo nos túmulos com os nossos programas de humor de hoje em dia. É impressionante a falta de talento ou o termino dele. Por exemplo no programa do tal do Tom Cavalcante, que no ínicio de sua carreira era brilhante, genial, hoje...nem tanto, Tem que apelar para piadas estúpidas, usando defeitos e outras coisas para se aproveitar e fazer seu nome em cima. Simplesmente perdeu a capacidade de improvisar...
O Didi então, nem se fala,mas olhando isso sob uma outra perpectiva, pelo menos não se deixou entregar pela idade e continuou(ou tentou) a fazer sua arte.Mas já foi bem mais engraçado...
Chego a conclusão então de que fazer a parte cômica do espetáculo deva ser a mais difícil.Talvez seja pelo fato de nossa mídia nos bombardear sempre com notícias de mortes, de assassinatos, de roubos... Concluo que estamos muito mais acostumados com coisas ruins do que coisas boas...

sábado, 16 de maio de 2009

A crise a páscoa...

Sim, depois de quase um mês vou escrever algo sobre páscoa, diálogo entre tio e sobrinha....

(sobrinha)_Bah, que vontade de comer chocolate....
(tio)_Ué, mas não sobrou nada da páscoa?
(sobrinha)_Não, Já faz quase um mês que foi a páscoa...
(tio)_Mas deveria ter sobrado algo não deveria??
(tio)_É, mas a idade vem chegando neh?
(sobrinha)_Mas desta vez não foi pela idade, veio pouco chocolate por causa da crise mesmo...

É, coitado do coelhão da páscoa e seus assalariados, o sonho de ter uma páscoa farta de chocolates realmente é possibilidade para poucos. Com a crise, a falta e chuva e o leite com risco de subir a quase 3 reais, não há indústria laticínia que aguente e cobre barato por seu serviço. Querido e inafortunado presidente lula, quando disse que a crise era uma marolinha, quero ver dizer isso para o coitado do coelho, que nessa hora deve estar fazendo bico de papai noel em algum shopping center da Tailândia....

Dia dos namorados....

Mas bãh tchê, eis que me vem uma idéia muito boa nesse momento....

Acho tremenda estupidez dar rosas a namorada....Primeiro, quando damos um buquê de rosas, estamos financiando a morte e o genocídio em massa de milhares de flores indefesas. Depois,estamos dando algo sem vida a alguém. Agora pergunto, você acha isso romântico? Pois é eu não acho...Mas criticar algo e não oferecer solução é muito fácil....pois apresento a solução agora: Em vez de dar um buqê de rosas, por quê não plantamos ela no jardim da pessoa amada? Ou se ela mora em apartamento, dê a ela em um vaso bem elegante, mas cuidado com o mosquito da dengue....

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Doença...

Eta coisa bem difícil para escrever algo sô. Mas vamos ao assunto, antes deixa eu fazer uma breve explicação do por quê que eu to escrevendo sobre isso...

Digamos que não to passando por uma das melhores fases de minha vida, meu pai teve uma AVC isquêmico e está internado já faz quase dois meses em um hospital X de Porto Alegre(para integridade física e moral dos mesmos não citarei nomes). Desse modo apareceu acompanhado ao AVC, um monte de outras patologias que também não é necessário citar. O coroa não anda, pois paralisou o lado esquerdo do corpo, e fala com certa dificuldade. Tudo isso mudou radicalmente meus hábitos de vida de uma hora para outra. Então para minha brilhante pessoa não tah sendo uma tarefa das mais facéis....

Percebi dessa maneira que aprendemos muito mais nas situações difíceis( sim se você já sabia que bom pra ti, eu apenas conclui o que eu achava... grunf oras humpf). Pensava que era nos extremos, tanto no extremo da felicidade quanto no extremo da dor, mas não é não. Aprende se muito mais quando as coisas ocorrem de maneira diferente que queríamos. É a mesma coisa fazer uma pesquisa com um nadador que nada contra corrente e um nadador que nada sem a corrente. Quem é o mais forte? Hein hein?É claro que é o que nada contra a corrente neh....Quem morre primeiro? Também é ele, porque alguma hora ele vai cansar e irá morrer afogado....

De brincadeiras à parte, filosofei muito sobre a dor, sobre o ato de sentir dor, percebi que a dor é um sentimento como todos os outros, que pode ser um instrumento no auxílio da evolução como ser humano. Pode ser também algo longe, distante, que sempre teremos medo de enfrentar. Temos o livre arbítrio, escolhemos aquilo que mais nos convém...

De certa forma o processo de doença me ajudou muito na minha futura profissão, hoje percebo a importância da "humanização" da saúde que tanto se fala, mas muito pouco é feito. Tanta coisa a ser mudada, tanta hipocrisia disfarçada no meio de "olás", "bom dia" "tudo bem". Se alguma coisa é citada várias vezes,seja em qualquer veículo da mídia ou de boca em boca mesmo, é por que de certo modo ela falta...

Começamos pelo "tudo bem"com algum paciente internado em alguma unidade de hospital, será que isso não é um tanto quanto imbecil? Será que tem como ficar bem internado em uma instituição onde você mal conhece quem te cuida, onde sua rotina é totalmente mudada tendo que realizar procedimentos e técnicas invasivas durante vários períodos do dia, será que perguntar tudo bem nesse caso é algo inteligente ou seria a automaticidade do hábito que temos de perguntar, bom, se faço perguntas de maneira mecânica, então ouço respostas de maneira mecânica....

Será que to ficando louco antes do tempo?

Estes tempos aconteceu uma experiência das mais gozadas, saca só....estava indo pro meu estágio lá num postinho rock n' roll na zona sul de porto,bem tranquilito, bem solito, com meu fone nos ouvidos e com a cabeça em algum outro planeta. Aí pelas tantas comecei a observar um morro que tinha lá perto, tri bacana, até parecia cidade do interior o local. Eis que a estranha experiência acontece....apreciei a bela vista do morro e pensei, "poxa vida, que bacana, um dia, quem sabe daqui a milhões de anos, os mesmos átomos que formam meu corpo físico irão se misturar com os mesmos átomos que formam aquele singelo morro", depois comecei a olhar para as pessoas caminhando, seguindo suas rotinas, e o mesmo insight me sucedeu..., caramba, deu uma vontade de abraçar elas, perguntando como vão, como iam sua vidas e bla bla bla whiskas saché bla bla bla. É claro que não fiz isso, ainda não cheguei nesse nível, mas foi um pensamento muito bacana, muito interessante, sem falar que senti uma tranquilidade fora do normal....

Conclui desta maneira que sou muito grato por estar vivo, muito grato por de acordar de manhã cedo num frio de congelar os urangotangos ao som de "time" do pink floyd, sou grato por ter um pai mãe vivos, ter irmãos bacanas por mais que as vezes me estresse com eles, sou grato por ser narigudo, pelos poucos fios de cabelo que restam no meu melão, sou grato por as vezes ser burro, Sou grato por poder arranhar meu violão, eta companheiro wakka wakka esse, que em todas as horas tah comigo, mesmo quando ele pede cordas novas e eu faço de conta que não ligo ou explico para ele que to passando pela época das vacas magras e to quebrado... ou quando ele se nega a tocar alguma canção e se auto mutila, ou seja arrebenta suas cordas....

Continuando... Sou grato por meus amigos, por pessoas que estenderam a mão pra mim quando mais precisei, mas também ou grato pelas pessoas que não vão com a minha cara, é, também sou grato a elas....Sou grato pelos meus namoros que não deram certo, sou grato por as vezes ser tímido e anti social...MAS NÃO SOU EMO PORRAAAAAAAAAAAAA, ops, me exaltei, desculpe....enfim, tenho uma penca de coisa para agradecer que acho q não vai sobrar espaço...

enquete....

Quem achar que o júnior é meio maluco, lunático, meio fora do ar....ligue para 0800 234 567

Quem achar que o júnior é um cara bacana e as vezes tem momentos inóspitos de felicidade ligue 0800 567 8910

E quem achar que não acha nada...não liga pra lugar nenhum pois já que não acha nada não vai querer perder tempo achando alguma coisa não?!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Palavras, palavras e palavras...


Me dou bem com elas, embora as vezes cometa alguns homicídios ortográficos. Acho que a recíproca é verdadeira! Descobri que através das palavras, da escrita em geral, pode aliviar as dores da alma e também dar umas boas risadas. Não é necessário ser um expert em gramática ou um nerd em português, minha nota mais alta nessas disciplinas não chegavam mais do que sete, estava sempre acostumado a pegar recuperação com a martinha. E Quando não pegava,que aliás conto nos dedos os dias que não peguei recuperação, ficava extremamente eufórico. Mas também não por isso que iria deixar de escrever, por que afinal de contas, quem disse que temos que ser bons, ser os exemplos em tudo? Onde? Pois é, também não sei onde está escrito isso. Quem sabe foi algum ser um tanto quanto perfeccionista que inventou isto, ou talvez um zé ruela que só para sacanear os outros criou essa regra.

Um fator muito importante para escrever bem é ser um exímio observador. Observar a tudo e a todos quantas vezes for possível. Desta maneira aperfeiçoaremos nossa criatividade e a adicionaremos à nossa bagagem intelectual. Por exemplo, se você for aprender a tocar blues através de teoria, intervalos ou escalas, não terá a essência do estilo. Aprenderá muito mais ouvindo alguem tocar do que em partituras. Por que afinal de contas, blues é sentimento com um pouco de teoria, mas muito pouco, quase nada, tanto que se for analisar musicalmente, encontraremos uma penca de desafinações. Mas, e eu com isso?!

Sendo na música, sendo na escrita, ou sendo em qualquer outra atividade, para desenvolver a criatividade, é necessário muita observação e alguns minutos em silêncio, deixando as idéias fazerem o seu trabalho. O resto é xurumelas....

Cliente ou paciente?

Seguindo orientações, me restringirei somente a único assunto...

Na literatura médica, aliás, nos livros de saúde em geral, o termo "paciente" está sendo substituído por "cliente". Não concordo, por mais que a saúde seja uma das áreas onde onde mais circula dinheiro. Um exemplo disso aconteceu quando tomei uma medicação na veia para náuseas e vômitos. O resultado: tive que pagar foi 20 reais...

O termo cliente se refere quando o indivíduo compra um determinado produto ou serviço.Mesmo que paguemos ou não por serviços de saúde, estamos lidando com vidas, estamos lidando com seres humanos e não com instrumentos ou brinquedos ou qualquer outra coisa que pode ser consertada ou não. Daqui a pouco veremos nas ruas algo mais ou menos assim: "Ae ó, meio quilo de saúde, apenas 100 real, quem dá mais freguesia, vamo chegando, vamo comprando, oferta, oferta..." imaginem nos classificados isso:" Vendo, pulmão esquerdo, baratinho,único dono, revisado e na garantia, tratar com...."

Por outro lado, paciente, que é um termo que não me agrada muito, até que pode ser coerente, porque por mais bacana que seja o seu convênio, terá que esperar um bocado para ser atendido, é claro que sempre existe e existirão excessões. Putz, não lembro como se escreve excessão, ou seria exceção, ah, acho que é exceção mesmo...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Etiquetas...

Perdoem minha ignorância, mas aquele que mais possui a tal da etiqueta, mais é infeliz, calma, caramba, deixa eu explicar minha tese pseudo intelecto-científica. Creio( ai ó, já começou errando, em teses jamais deve se botar a palavra creio, pois vem de credo, acreditar, não dá, é 0 na veia, não adianta discutir), voltando ao assunto....acho que quem mais possui etiqueta, mais é infeliz pelo simples fato de não ser ele mesmo, e sim cumpre mais uma regra da sociedade. Mas pergunto, com qual finalidade? De mostrar para os outros que é mais educado? E se na sua essência não for? E ai? Vai ficar fingindo ser quem não é, até quando?

É claro que voltar na época dos homens das cavernas também não pega bem, ter um pouco de educação as vezes é útil e por que não dizer bonito, bom dia! tudo bem? tudo em riba? tudo nos trinques? desculpa, perdão, com licença...

Acontece que não estamos acostumados com educação, vivemos em um mundo tão mecânico, que nossos sentimentos e emoções estão nos corroendo. Estamos adoecendo em bandos, mas como se a medicina e a tecnologia está cada vez mais avançada?

Aposto que isso é um dos principais fatores de nossas doenças, nossas mazelas,a tecnologia é uma faca de dois gumes, pois saca só, há uns 50 anos atrás, tinha todo aquele esquema de ir no cinema, o famoso e velho escurinho do cinema. Isso há uns 50 anos atrás...Hoje temos o dvd,aí não precisamos do cinema mesmo, é longe, caro,podemos assistir em casa mesmo, (mas sempre lembra de trazer a pipoca normal, não tenho microondas), sem falar que pode se correr o risco de sofrer um assalto no meio do caminho,onde entra também a questão da segurança, mas não fugiremos do nosso ponto crucial.

Por isso temos o dever de não nos deixar seduzir pela tecnologia, ou como diria um colega, "modernuras". Quem sabe usamos ela para resgatar a parte humana escondida la no fundo, quase imperceptível de nossa tão divina e admirável essência.

OBS- viu que bacana, começamos com um tema e terminamos com um outro?!

Bem vindos a vida...

Já dizia um famoso escritor que o teatro da vida não permite ensaios. Concordo. Aqui os atores são variados, há loucos, insanos, mestres, imbecis, burros, medíocres, geniais, intelectualistas, metidos a sabichões, entendedores da vida, do eu interior, enfim. Neste lugar há todos os sentimentos possíveis que um ser humano pode experimentar, dor sofrimento, paixão, alegria, ternura, amor, compaixão, amizade, afeto, ou seja há para todos os gostos. Aqui possuímos formalidades ou não, depende do cliente, depende do tempo, depende do ator, depende de tudo. Um lugar onde não existem regras objetivas, onde a regra é não ter regras. Cada um faz parte de um filme, onde o final ninguém sabe onde vai dar. Algumas histórias possuem uma introdução meio e final, como é ensinado nas escolas, outras não. Algumas histórias são simplesmente histórias. Outras até que ficam guardada na memória de quem a vive um dia. No teatro da vida não há contra-regras, produtores, maquiadores, em geral são todos atores desde aquele menino pedindo esmolas até o presidente do país mais rico do mundo. São todos personagens, é tudo uma história, aliás interligadas. Cada um faz seu papel e o mundo continua a girar. Ou esse texto você vai gostar ou terá raiva do autor, tudo bem, isso também faz parte não gostar de certas partes do roteiro. Mas somos atores não? Temos que trabalhar. Temos que viver, temos que atuar. E a respeito do público? Não sei se existe um público concreto, pode ser que sim pode ser que não, e se não tiver? O show vai parar ou vai continuar? No teatro da vida tudo acontece...

OBS-Não precisa me falar que isso é abstrato e não tem pé nem cabeça, se você pensou dessa forma parabéns, era isso que eu queria mostrar, nem tudo vai ter respostas concretas, acostume-se com esse fato...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Na universidade...

Engraçado como as coisas são. Hilário é o jeito que os humanos pensam. Quando entrei na faculdade, até me senti gente grande, pensava "putz, agora faço parte do ensino superior, nada de fazer aqueles trabalhos de ctrl C ctrl V, agora o troço é sério,vou aprender uma profissão, quem sabe ser alguém na vida, além de possuir um simples canudo, bah acho até q sou meio inteligente, não?". Enfim, me achava o máximo, depois, veio os estágios, bah, ai sim me senti como se fosse o verdadeiro "cara", mas as mão eram mais trêmulas que varas de bambu verde. Quando conseguia pegar uma veia parecia que eu ganhava na megasena sozinho. Não via a hora de me formar de uma vez e ter o meu emprego, a minha privacidade, a minha vida. Coitado, tão jovem, tão sonhador, tão ingênuo...

Agora que falta um ano e uns quebrados para chegar dia D, não quero sair da faculdade, quer saber, fazer estágios é melhor coisa do mundo, não tem tanta responsabilidade, qualquer coisa o professor tah por perto mesmo, e eu nem queria ter minha privacidade era ladainha, era só da boca pra fora. O rango da minha véia é dos mais tri de legal. Enfermeiro? quem aqui falou em enfermagem...

Enfermeiro músico ou músico enfermeiro?

As vezes me pergunto se vou entrar num hospital tocando gaita de boca, ou se vou tocar em algum lugar já de olho na rede venosa dos convidados. De um lado a enfermagem, uma profissão estressante pacas, lidando direto com a vida e a dor das pessoas,e por outro a música que não é tão estressante assim, e na boa, músico que diz que sua profissão é árdua e dificil, ah pelo amor de deus neh, vai virar massa o dia todo no sol escaldante para ver o que é ralado.

E por que não juntar a fome, com a lasanha e tirar a dor de barriga que pode dar depois?(sim pq comeria tanta lasanha que a coisa não ia prestar)Por que não unir a enfermagem e a música? Já pensou na mistura que ia dar? Quantas pessoas poderia ser beneficiadas com isso? além de mim é claro, o sócio benemérito da jogada.

Imagina a cena: "Um paciente meio jovem, apático,sem ter o q fazer...ai lá pelas tantas.....se ouve um som triunfal, não sabe se é um avião, um disco voador, seria um aparelho de vinil estragado? Não, é o enfermeiro da unidade com sua devastadora harmônica na mão, com altas melodias bluseirísticas regadas a uma boa dose de rock n' roll", qual seria o resultado? Não sei, não fiz isso ainda....quando fizer escrevo aqui...

De início...

Saudações, saudações meu novo blog (mais por que novo se eu nunca tive algum antes?), saudações planeta Terra, saudações humanos e outras espécies do além mar. Puxa vida, até que enfim montei um blog, vê se não é de extrema felicidade ter um lugar só seu que pode se escrever qualquer tipo de coisa? (ainda bem que a ditadura militar já era). Pois bem, aqui será minha oficina das palavras, um lugar pelo qual fermentarão idéias e mais idéias sobre quase tudo que eu tiver vontade de escrever, seja sobre um simples e insignificante piolho ou até dar um pitaco sobre neurocirurgia, legal não?