sexta-feira, 8 de maio de 2009

Palavras, palavras e palavras...


Me dou bem com elas, embora as vezes cometa alguns homicídios ortográficos. Acho que a recíproca é verdadeira! Descobri que através das palavras, da escrita em geral, pode aliviar as dores da alma e também dar umas boas risadas. Não é necessário ser um expert em gramática ou um nerd em português, minha nota mais alta nessas disciplinas não chegavam mais do que sete, estava sempre acostumado a pegar recuperação com a martinha. E Quando não pegava,que aliás conto nos dedos os dias que não peguei recuperação, ficava extremamente eufórico. Mas também não por isso que iria deixar de escrever, por que afinal de contas, quem disse que temos que ser bons, ser os exemplos em tudo? Onde? Pois é, também não sei onde está escrito isso. Quem sabe foi algum ser um tanto quanto perfeccionista que inventou isto, ou talvez um zé ruela que só para sacanear os outros criou essa regra.

Um fator muito importante para escrever bem é ser um exímio observador. Observar a tudo e a todos quantas vezes for possível. Desta maneira aperfeiçoaremos nossa criatividade e a adicionaremos à nossa bagagem intelectual. Por exemplo, se você for aprender a tocar blues através de teoria, intervalos ou escalas, não terá a essência do estilo. Aprenderá muito mais ouvindo alguem tocar do que em partituras. Por que afinal de contas, blues é sentimento com um pouco de teoria, mas muito pouco, quase nada, tanto que se for analisar musicalmente, encontraremos uma penca de desafinações. Mas, e eu com isso?!

Sendo na música, sendo na escrita, ou sendo em qualquer outra atividade, para desenvolver a criatividade, é necessário muita observação e alguns minutos em silêncio, deixando as idéias fazerem o seu trabalho. O resto é xurumelas....

Um comentário:

  1. cara, muito bom esse teu texto! isso me lembrou um pseudo texto, quase rascunho, que escrevi este semestre ainda. da uma olhada, bem nesse ponto da escrita. acho que vale a pena olhar, depois me fala o que tu achou. vou tentar colar aqui.

    "A gramática, ponto certo em provas escolares, tira o sono de muitas pessoas dia a dia. Cheia de regras formais, complexas, temerosas, de uso especial, acaba por ser preterida no momento da escolha dos conteúdos por parte dos alunos. A fala vive em constante mutação, se adaptando ao falante, assim também é a escrita. Escrever bem não significa decorar um livro da primeira a última folha, muito menos perder noites fazendo exercícios de Português. Escrever bem é saber transmitir uma mensagem de forma clara, alcançar um objetivo, alcançar o leitor. Para isso, muitas vezes se deixa aquela de lado, dando início a um jogo de palavras.
    Não é errado não usar as regras formais da língua, errado é não saber se expressar de forma clara. Observe uma conversa de seu filho na internet, provavelmente serão suprimidas letras, conjunções, etc, mas, em geral, sua comunicação não é prejudicada por este deslize gramatical. Existem ocasiões onde não é permitida esta liberdade de comunicação, exigindo uma postura formal e polida. Nestas oportunidades o escritor deverá apresentar uma linguagem na forma culta. Não satisfeita essa condição, poderá sofrer consequências como ser mau compreendido, ser preterido no momento de seleção, alvo de preconceito. Qualquer pessoa que possua um conhecimento básico da língua pode se comunicar livremente, de forma segura, sem medo de cometer erros.
    Deixamos para os célebres estudiosos da língua, a missão de dissecar e idolatrar a Gramática num domo dourado de regras e perfeições. Para nós, simples escritores e leitores, resta todo o universo sem fronteiras em que a língua pode nos levar. Sem muitas regras, erros, repetições, mas com muita expressão, carinho, e uma dose extra de bom senso."

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