sexta-feira, 15 de maio de 2009

Doença...

Eta coisa bem difícil para escrever algo sô. Mas vamos ao assunto, antes deixa eu fazer uma breve explicação do por quê que eu to escrevendo sobre isso...

Digamos que não to passando por uma das melhores fases de minha vida, meu pai teve uma AVC isquêmico e está internado já faz quase dois meses em um hospital X de Porto Alegre(para integridade física e moral dos mesmos não citarei nomes). Desse modo apareceu acompanhado ao AVC, um monte de outras patologias que também não é necessário citar. O coroa não anda, pois paralisou o lado esquerdo do corpo, e fala com certa dificuldade. Tudo isso mudou radicalmente meus hábitos de vida de uma hora para outra. Então para minha brilhante pessoa não tah sendo uma tarefa das mais facéis....

Percebi dessa maneira que aprendemos muito mais nas situações difíceis( sim se você já sabia que bom pra ti, eu apenas conclui o que eu achava... grunf oras humpf). Pensava que era nos extremos, tanto no extremo da felicidade quanto no extremo da dor, mas não é não. Aprende se muito mais quando as coisas ocorrem de maneira diferente que queríamos. É a mesma coisa fazer uma pesquisa com um nadador que nada contra corrente e um nadador que nada sem a corrente. Quem é o mais forte? Hein hein?É claro que é o que nada contra a corrente neh....Quem morre primeiro? Também é ele, porque alguma hora ele vai cansar e irá morrer afogado....

De brincadeiras à parte, filosofei muito sobre a dor, sobre o ato de sentir dor, percebi que a dor é um sentimento como todos os outros, que pode ser um instrumento no auxílio da evolução como ser humano. Pode ser também algo longe, distante, que sempre teremos medo de enfrentar. Temos o livre arbítrio, escolhemos aquilo que mais nos convém...

De certa forma o processo de doença me ajudou muito na minha futura profissão, hoje percebo a importância da "humanização" da saúde que tanto se fala, mas muito pouco é feito. Tanta coisa a ser mudada, tanta hipocrisia disfarçada no meio de "olás", "bom dia" "tudo bem". Se alguma coisa é citada várias vezes,seja em qualquer veículo da mídia ou de boca em boca mesmo, é por que de certo modo ela falta...

Começamos pelo "tudo bem"com algum paciente internado em alguma unidade de hospital, será que isso não é um tanto quanto imbecil? Será que tem como ficar bem internado em uma instituição onde você mal conhece quem te cuida, onde sua rotina é totalmente mudada tendo que realizar procedimentos e técnicas invasivas durante vários períodos do dia, será que perguntar tudo bem nesse caso é algo inteligente ou seria a automaticidade do hábito que temos de perguntar, bom, se faço perguntas de maneira mecânica, então ouço respostas de maneira mecânica....

Um comentário:

  1. Então, depois do olá, bom dia ou diaba quatro..
    Qual deveria ser a pergunta correta a ser fazer a alguem que está no hospital??
    Camila Koslowski

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